Vingadores




No fundo, toda adaptação de quadrinhos de sucesso para o cinema é uma incógnita. Por isso, existem as expectativas em torno dela. Em alguns casos você se decepciona e em outros é totalmente surpreendido além do esperado. Dirigido por Joss Whedon, o filme dos Vingadores cumpre exatamente tudo o que promete e ainda surpreende com seus resultados. Nada é exagerado ou fora de lugar na história que reune os grandes heróis da editora Marvel em uma superequipe. Claro que isso não seria possível sem o devido êxito das produções solo dos mais conhecidos personagens do grupo como Thor, Capitão América, Hulk e Homem de Ferro.

A idéia principal já vinha sendo construída aos poucos com as referências dentro de cada um dos filmes citados, seja nas cenas pós-créditos ou dentro da história mesmo. Por causa disso, em Vingadores a ação flui inicialmente com mais facilidade, o que já prende a atenção do público sem fazer muito esforço. Na história, o asgardiano Loki (irmão de Thor, interpretado com muita competência por Tom Hiddleston) faz uma aliança com lideres de uma raça alienígena para concretizar seus planos de dominação mundial. Sendo assim, com o intuito de conter essa ameaça iminente, o diretor da SHIELD Nick Fury (Samuel L. Jackson) convoca um grupo de pessoas extraordinárias para evitar o desastre mundial.

No entanto, a tarefa de reunir o time está longe de ser algo fácil. E do mesmo modo como acontece nos quadrinhos, a velha fórmula de encontro de heróis que primeiro lutam entre em si e depois se unem contra uma ameaça em comum não fica de fora. É muito legal ver cada luta acontecendo, todas com algum motivo válido. Não é algo gratuito apenas para saciar aquela velha curiosidade de fã em saber quem é o mais forte. Na verdade, isso serve para evidenciar o lado humano dos heróis, marca registrada dos quadrinhos da editora Marvel. Afinal, são pessoas de personalidades e experiências diferentes que se chocam e entram em conflito por conta disso.

Cabe também ressaltar que todos os heróis tem sua relevância na trama e momento certo para brilhar individualmente também, até mesmo aqueles que aparentemente se esperava ver pouco tempo como Gavião Arqueiro e Viúva Negra. Nesse ponto, está um dos grandes méritos do filme já que havia um grande havia receio quanto ao resultado final que seria reunir personagens tão conhecidos do público numa mesma equipe. O roteiro interliga os pontos que cada herói têm em comum.  É o caso de Tony Stark/Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) e Bruce Banner/Hulk (Mark Rufallo), ambos homens do mundo da ciência.

Sobre a participação do Capitão América, acho que todo receio em relação ao papel dele dentro do grupo pode ser esquecido. O ator Chris Evans parece muito mais confiante e a vontade no papel em comparação ao filme Capitão América - O Primeiro Vingador. Seu deslocamento social em relação a esse novo mundo é traduzido de forma direta e ao mesmo tempo sutil.

Enfim, na minha opinião esse filme é a melhor adaptação de história em quadrinhos dos últimos anos, uma marca que dificilmente será ultrapassada em tão pouco tempo. E isso se deve a uma mistura muito bem elaborada e executada de humor, ação, aventura e respeito ao material original.