O Incrível Hulk




Estrelado pelo ator Edward Norton, que interpretou o personagem titulo e o seu alter-ego conhecido com o cientista Bruce Banner, esse filme foi a segunda produção dos estúdios Marvel e ao mesmo uma nova tentativa de se criar uma franquia de sucesso nos cinemas com as histórias do Hulk. Infelizmente, o resultado obtido nas bilheterias do mundo talvez não tenha sido o bastante para que fossem feitas mais continuações, o que é uma pena, pois o filme é muito bom.

Em primeiro lugar, não há dúvidas que o Bruce Banner deste filme está muito bem representado além de ser curiosamente bem parecido com sua versão do universo ultimate da Marvel. O mesmo pode se dizer do Hulk, cada vez mais enfurecido, ágil e violento. Todas as suas cenas são bem elaboradas e de tirar o fôlego. Destaque para o ato final contra o igualmente indestrutível vilão da trama, o Abominável, interpretado por Tim Roth.

É interessante notar que a tensão criada entre os dois monstros se mostra de forma bem objetiva. Afinal de contas, é um filme de ação em sua essência diferente da adaptação anterior do personagem no filme de 2003 com o ator Eric Bana no papel principal. Enquanto aquele filme tinha um foco maior na origem e, particularmente no drama psicológico que envolve o personagem esse segundo já busca um equilíbrio maior entre ação e drama. Falando nisso, o filme não deve muito em termos de boas cenas de luta. Deixa na verdade um gosto de ``quero mais`` devido a intensidade delas, algo que certamente seria mais acentuado caso houvesse uma continuação seguindo esse mesmo tom.

Infelizmente, o filme sofreu com muitos problemas devido a conflitos entre o protagonista e os estúdios da Marvel. O ator Edward Norton queria um filme mais focado no dilema psicológico entre Banner e o Hulk enquanto o estúdio, juntamente com o diretor, buscava um filme menos ``cerebral``. O resultado foi um misto de ambos que, por incrível que pareça, deu certo. Fica a expectativa para que haja mais um filme com o Hulk com toda a qualidade que o personagem merece nos cinemas.