Um leitor e muitos quadrinhos

Minha primeira revista


Confesso, leio histórias em quadrinhos há muito tempo. E adoro. Minha paixão é tanta que hoje em dia não consigo imaginar como é ficar muito tempo sem a companhia de um gibi, esse instrumento capaz de me levar a mundos incríveis, fantásticos e maravilhosos. Como todo leitor de quadrinhos lembro até hoje das primeiras histórias, pois elas representam memórias são marcantes e inesquecíveis, assim como uma tatuagem.

Muitas vezes, observo outros como eu. E o alívio é grande ao saber que existem pessoas de todo o tipo que lêem quadrinhos e não tem vergonha em assumir tal paixão. É o caso dos fãs, aqueles que sempre encontram formas de homenagear seu personagem, seja ele um super-herói ou não. Alguns se tornam especialistas, e resolvem enveredar no estudo dessa arte.

Uma coisa é certa em um apaixonado por quadrinhos, seja ele estudioso ou não, sua percepção do real não é alterada pelo imaginário de um gibi. Não há indícios de que uma história em quadrinhos possa influenciar negativamente na conduta e na formação de uma pessoa. Talvez ele se inspire no senso de responsabilidade e justiça de um herói, mas dificilmente irá semear o mal tal qual um vilão maquiavélico.

É o leitor o responsável por dar vida aos seus personagens, graças a modo de leitura seqüencial e espacial. Nossos personagens vivem em nossas mentes graças a nossa capacidade de compreender o que acontece em cada quadro e a relação praticamente automática de relacioná-los construindo assim a história.

Nós, leitores de histórias em quadrinhos, também temos a mania, chata e cômica as vezes, de discutir a qualidade dos gibis. Nunca perdemos o hábito de ficar mais de um segundo em uma página só para admirar ou reparar em certos detalhes. Alguns até conseguem achar "piolhos" em momentos de uma história. Lembro de uma época em que esse termo era muito usado para se referir a detalhes como uma referência ou erro grotesco, ambos de autoria do desenhista, claro não o único culpado já que o material sempre tem uma revisão antes de chegar nas bancas.

Lembramos perfeitamente o nome de nossos desenhistas e roteiristas preferidos, não esquecendo de pronunciar com cuidado seus nomes. Em eventos ou em lojas de quadrinhos é comum ouvir nomes como Stan Lee, Brian Bendis, John Byrne, Geoff Johns, John Romita Sr., Alan Moore, Neil Gaiman, Will Eisner , entre muitos outros.

Enfim, sou um leitor que enxerga muitas possibilidades com esta tão amada arte, caracterizada por elementos como diálogos rápidos, balões, letreiros, narrativa sequencial e personagens fictícios. Amo e continuarei a amar a leitura de uma história em quadrinhos, pois ela me propicia aventuras e diversas emoções além me acrescentar uma imaginação fértil e sem medo de voar.