Quem precisa de super-heróis?



Meu tema favorito: histórias em quadrinhos. Amo esse meio de comunicação tão rico e cheio de facetas que o tornam muito mais do que aquilo que parece ser, talvez seja por esse motivo que me decepciono por ver que o preconceito contra as HQs ainda existe. É lamentável. Falar sobre isso dá pano para manga, eu sei, mas não será dessa vez que atacarei o atacante, com o perdão do trocadilho inevitável de ser feito.

Para os que já estão acostumados com esse tipo de leitura, é normal saber que existem quadrinhos de todos os gêneros e formatos. A diversidade da chamada nona arte é grande. No entanto, mesmo assim ainda é difícil fugir de uma marca forte como a do gênero de super-heróis, esses superseres capazes do impossível para lutar contra o mal, donos de proezas fantásticas e incríveis tendo como limite apenas o da ficção que, por sua vez, não deve ter nenhum limite, afinal, assim é a definição da imaginação humana.

Todo fã tem um herói favorito, esse por sua vez escolhido pela força, carisma, algum ponto de identificação ou então o conjunto da obra. Principalmente na infância (mas não se restringindo a ela), eles influenciam na formação do leitor de alguma forma e em alguns casos tornam-se exemplos de certos valores. Lembro até de uma frase do segundo filme do melhor herói que já conheci (nem preciso dizer que é o meu favorito, o herói e o filme, rs) que diz mais ou menos o seguinte: ``Acredito que há um herói em cada um de nós, que nos mantém fortes, íntegros, honestos....``. A frase, dita pela Tia May no segundo filme do Homem Aranha, exemplifica bem o que quero dizer. Mesmo na ficção, esses super-heróis que perambulam pela cidade, voam por ela, se balançam e arriscam suas vidas dia após dia, vivem na nossa imaginação e, se significarem algo mais, nos nossos corações dando-nos esperança e força. Há também aquela gostosa sensação de alegria ao sentir criança novamente. Não há mal nenhum nisso, pois para alguns, os mais velhos, é como voltar no tempo. Por isso e por tantos motivos é que não preciso responder porque precisamos de super-heróis. É algo retórico.